A HISTÓRIA DE LAIKA: A COSMONAUTA CANINA
A cachorra Kudriavka-Laika foi o primeiro ser vivo a ir para espaço, no dia 3 de novembro de 1957, às 22h28, a bordo da nave Sputnik II.
Laika foi retirada das ruas de Moscou alguns dias antes do lançamento do foguete.
Para esta missão, os soviéticos queriam usar um cão para testar a segurança das viagens espaciais para os seres humanos e escolheram Laika por causa de seu caráter calmo e tamanho reduzido, uma vez que, pesava menos de 6 quilos e media cerca 35 centímetros.
Sua expedição foi uma viagem sem retorno e os cientistas soviéticos sabiam disso desde o início. A versão oficial afirma que Laika teve uma morte “assistida”: o foguete Sputinik seria programado para acompanhar e transmitir à base soviética seus sinais vitais bem como para fornecer alimento para ela até que o oxigênio findasse. Quando isso acontecesse, ela receberia alimento com medicação utilizada em eutanásia de cães e morreria sem dor.
Durante muitos anos esta foi a versão oficial foi amplamente divulgada e sendo assim aceita em relação ao destino de Laika.
Contudo, em 2002, no Congresso Mundial do Espaço realizado em Houston, Texas (EUA), o cientista espacial soviético reformado (aposentado do exército) que atuou no projeto Sputnik 2 Dimitri Malashenkov, revelou que o cão morreu poucas horas depois do lançamento devido a estresse e superaquecimento causado por um defeito no sistema de controle de temperatura.
Após cinco meses de orbitando a Terra, Sputnik II retornou em 04 de abril de 1958. Ao entrar novamente na atmosfera, entrou em combustão e desintegrou-se, bem como o os restos mortais da cosmonauta canina.
Embora Laika tenha morrido tragicamente, a experiência permitiu que, em 1961, a URSS enviasse o primeiro homem da história ao espaço. No dia 12 de abril, Yuri Gagarin orbitou ao redor da Terra durante 90 minutos, retornando ao solo em segurança.